A coordenadora geral do SITRAEMG Lúcia Maria Bernardes de Freitas – acompanhada do funcionário Alexandre Esteves – visitou o Centro de Apoio do TRE-MG na tarde desta terça-feira, 14, e conversou com os servidores do local sobre suas demandas e dúvidas. Localizado às margens da BR 040, no bairro Jardim Filadélfia, em Belo Horizonte, o local é uma enorme área com vários setores – dentre eles, o almoxarifado e o que armazena as urnas eletrônicas.
Percebe-se que, apesar dos prédios oferecerem boa infraestrutura – incluindo rampas de acesso em alguns locais e circulação de ar -, os servidores lamentam o local ermo em que se encontram: não há nenhuma farmácia, lanchonete, ou padaria nas proximidades, e a cantina que havia no local foi desativada há cerca de quatro anos, conforme disseram. Esta, inclusive, foi a principal demanda apresentada na visita, devido a falta de opções para comer nos arredores. Além disso, os funcionários relataram que a rodovia oferece muito perigo para quem trabalha lá, sendo necessário sair do trabalho em grupos, tanto para atravessar as pistas quanto para evitar assaltos.
Atenção da administração
Os funcionários da Justiça Eleitoral também fizeram uma queixa que vem se repetindo, seja nos cartórios do interior, seja na capital: a lentidão para resolver as queixas dos servidores e o não conhecimento da realidade dos locais de trabalho pela administração. “Raramente alguém da presidência aparece aqui. E, quando aparece, é sempre cercado por uma ‘comitiva’, a gente [servidores] mal consegue chegar perto, que dirá falar alguma coisa”, reclamaram.
Lúcia Bernardes explicou que o Sindicato está a par das necessidades dos servidores e vem cobrando sempre da administração do TRE-MG – como na reunião de 10 de dezembro de 2013, quando o tribunal apresentou um ofício com várias respostas às demandas dos servidores (veja aqui). A sindicalista também informou que, tão logo o próximo presidente do TRE tome posse, em fevereiro, o SITRAEMG agendará uma audiência para apresentar-lhe novamente todas as demandas colhidas até agora e cobrar as soluções.
Outras questões lembradas pelos servidores do Centro de Apoio referiram-se à jornada de trabalho de sete horas, que retornará por causa das eleições, e sobre o projeto de lei que anistia os servidores públicos federais que fizeram greve em 2011. Por falar no movimento paredista, Lúcia ressaltou a importância da Justiça Eleitoral nas mobilizações, já que é ela “que mexe com os políticos, que são quem consegue fazer os projetos da categoria andarem no Congresso”. Apesar dos ataques contra a categoria em épocas de mobilização, a coordenadora sindical reforçou que os servidores devem se valorizar e se unir em prol de seus direitos.