O SITRAEMG externa seu sentimento pelas vítimas e feridos da tragédia ocorrida na tarde de hoje, 3, na altura do bairro São João Batista, em Venda Nova. O acidente aconteceu por volta das 15h, quando um viaduto em construção, pela Prefeitura de BH, da Avenida Pedro I desabou atingindo pelo menos um carro de passeio, um ônibus e dois caminhões. De acordo com informações do jornal “O Tempo”, a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou duas vítimas fatais, entre elas, a motorista do ônibus. Ainda informa, que uma enfermeira que faz o atendimento das vítimas na CTI do Hospital Risoleta Neves havia atendido 25 vítimas do acidente.
Veja, abaixo, matéria extraída do site do jornal “O Tempo”, que traz o vídeo do momento da queda do viaduto.
Um viaduto em construção da avenida Pedro I desabou, na altura do bairro São João Batista, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte, na tarde desta quinta-feira (3). Pelo menos duas pessoas morreram e 19 pessoas ficaram feridas, segundo as informações do Corpo de Bombeiros. No entanto, uma enfermeira que faz o atendimento das vítimas na CTI do Hospital Risoleta Neves, informou que faz o atendimento de 25 vítimas do acidente. A queda teria acontecido por volta das 15h10.
O viaduto fica próximo ao parque Lagoa do Nado e um Fiat Uno, um ônibus da linha circular 70 e pelo menos dois caminhões teriam ficado presos sob a estrutura. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) está no local e constatou duas vítimas fatais, entre elas, a motorista do ônibus, Hanna Cristina dos Santos, 26. Ela trabalhava com isso há um ano e o veículo que dirigia era do pai dela. A cobradora da linha também ficou ferida.
Por enquanto ainda não há o número total de feridos, mas uma enfermeira do Hospital Risoleta Tolentino Neves informou que já atendeu 25 vítimas, dentre elas uma criança e um funcionário da prefeitura que trabalhava em cima do viaduto no momento da queda. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, os feridos não correm risco de morrer e sofreram apenas ferimentos leves. Os pais da criança, que não teve a idade divulgada, ainda não foram encontrados e ela está sob cuidados de uma assistente social. O funcionário da prefeitura não teve o estado de saúde divulgado.
O hospital está com um esquema especial de atendimento para dias de grandes eventos ou grandes catástrofes. Enfermeiros estão na porta da unidade para fazer um atendimento mais rápido aos feridos. A previsão é que mais feridos cheguem ao hospital nas próximas horas.
Uma equipe da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) desloca para o local em apoio aos bombeiros. O vereador Iran Barbosa (PMDB) passava pelo local e divulgou fotos do acidente em sua página no Twitter.
“A estrutura de metal que dá suporte ao viaduto cedeu. Só ouvi um estalo e em 5 segundos tudo desabou. Caiu sobre um ônibus, um carro e um caminhão. O viaduto partiu ao meio”, relatou o vereador, que estava no local na hora da queda. O parlamentar ainda afirmou que, ao cair, o viaduto levou as vigas de sustentação metálica do Viaduto ao lado. “Acabei de ser afastado do local. Os bombeiros temem o desabamento do segundo viaduto”, disse.
A prefeitura de Belo Horizonte informou que no momento não irá se posicionar sobre o acidente e que está empenhada no local.
Veja aqui, o momento da queda do viaduto
Histórico
Já é a segunda vez que um viaduto construído para o Move apresenta problemas. Em fevereiro deste ano, a avenida chegou a ser interditada após a suspeita de que um outro viaduto da região correria risco de cair. O viaduto interditado na época ligaria os bairros Itapoã e Santa Branca e ficava próximo a rua Montese. Já o viaduto que desabou nesta quinta-feira (3) fica próximo a avenida General Olimpio Mourão, próximo ao Parque Lagoa do Nado.
No dia 6 de fevereiro, trabalhadores do local perceberam que a estrutura cedeu aproximadamente 30 centímetros. A Sudecap informou que durante a preparação de concretagem do viaduto percebeu-se um pequeno deslocamento lateral na estrutura no sentido bairro.
Com isso, os serviços foram suspensos e as vias que circundam o viaduto foram interditadas, sendo que no dia 10 de fevereiro a situação já havia se normalizado. A estrutura foi travada para não ocorrer nenhum deslocamento e está sendo monitorada constantemente pela equipe de plantão. O viaduto neste momento está estável.
A empresa
A Construtora Cowan foi criada em 1958, em Montes Claros, no Norte de Minas. Segundo site da empresa, ela já participou da construção de rodovias, ferrovias, obras de saneamento, construção de barragens, usinas hidrelétricas e até aeroportos.
Dentre obras de destaque, além do BRT/Move da avenida Pedro I e Antônio Carlos, também estão a da Linha Verde (que liga o centro de Belo Horizonte até o Aeroporto de Confins), duplicações da BR-040 (feitas pelo Dnit antes do leilão), e Gasoduto do Vale do Aço. Além disso, ela também está realizando obras de ampliação do Aeroporto de Confins (pistas de pouso e decolagem) e do metrô do Rio de Janeiro.
A empresa foi procurada por O TEMPO, mas informou que os responsáveis estavam em reunião e não poderiam atender no momento.