A câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou, no último dia 19, o Projeto de Lei 1881, de autoria do vereador Autair Gomes (PSC).
O projeto prevê a extinção da função de TROCADOR DE ÔNIBUS, e desempregará cerca de 6.000 profissionais da área. Sem falar a sobrecarga que ficará para os motoristas e o desconforto para os já tão prejudicados usuários do precário transporte coletivo que se presta em todo o País.
Os empresários do transporte coletivo já foram agraciados com o subsídio do óleo e conta com várias outras benesses por parte do governo municipal e estadual. Por parte do governo federal, uma contrarreforma trabalhista e previdenciária.
Os governos, em conjunto (incluem-se aí os governos estadual, de Fenando Pimentel, e federal, de Dilma Rousseff), pedem aos trabalhadores e ao povo em geral uma contribuição diante da crise, mas, qual a contribuição que será dada pelos empresários? Demissão? Extinção de funções?
São as perguntas que ficam para reflexão dos eleitores. As eleições municipais vêm em outubro deste ano; e as estaduais e federais, em 2018.
Mas ainda há uma possibilidade de impedir que esse projeto se transforme em lei: pressionando o prefeito Márcio Lacerda para que, em vez de sancioná-lo, vete-o. Claro que Lacerda, sabidamente defensor da iniciativa privada, é favorável à lei. A força de mobilização do povo contrária às suas pretensões, obviamente, é que nunca pode ser desprezada. E, muito menos, ignorada.