Servidores são convocados a levarem guarda-chuvas preto e usarem camisas pretas no ato do dia 17, em frente ao prédio da Justiça Federal
“Vem pra greve, vem!”. Com esse refrão, servidores das dezenas de Varas da Justiça Federal em Belo Horizonte que já aderiram à greve por tempo indeterminado pela reposição salarial desde a última quarta-feira, 10, juntamente com o coordenador do SITRAEMG Sandro Luis Pacheco, adentraram o prédio do TRE da Avenida Prudente de Morais, 100, no início da tarde desta segunda-feira, 15, realizando arrastões, andar por andar, para “arrastar” os colegas da Justiça Federal para o movimento paredista. Depois, fizeram o mesmo no prédio da Avenida Prudente de Morais, 320. Reunido com os colegas nos corredores de cada andar, o grupo de grevistas informou aos colegas que a greve está só crescendo, e muito. Somente na Capital, 80% das Varas Federais estão paradas, cada vez mais VTs aderem às paralisações na construção da greve na Justiça do Trabalho, e que no interior mais de 100 Zonas Eleitorais já estão de braços cruzados desde o dia 10.
“Não há desculpa para não participar da greve”, alertou o coordenador do Sindicato Sandro Pacheco. Antes se dizia que muitos não faziam greve por causa das FCs, mas muitos detentores dessas funções na Justiça Federal passaram por cima disso e também decidiram cruzar os braços. Poucos do TRE na capital até o momento aderiram ao movimento na Capital? No interior, a adesão nos cartórios eleitorais é mais do que expressiva. O colega do lado não quis fazer greve? Não tem problema: cada um com a sua consciência quanto à importância de ir à luta. “Não vamos terceirizar a greve, culpar o nosso colega. Vamos participar”, acrescentou Sandro. “Parem de arrumar desculpas. Deixem de ser coadjuvantes”, reforçou Nestor Santiago, servidor da Justiça Federal. “Vamos ser protagonistas da [nossa] maior greve de todos os tempos”, completou.
Antes de subirem para o arrastão, os servidores (da Justiça Federal e da Justiça Eleitoral) realizaram ato público em frente ao prédio do TRE, dele também participando o coordenador do Sindicato Célio Izidoro. “Ou a gente faz a greve até a aprovação do projeto [PLC 28/15] agora ou vamos completar 10 anos sem reposição salarial”, advertiu Izidoro, lembrando que, “fazendo greve, estamos impedindo o governo de continuar aplicando a política de reajuste zero”. Durante o ato e o arrastão, os servidores também ressaltaram a importância de reforçar a greve para conseguir a antecipação da votação do projeto, pois o dia 30 de junho, para o qual está inicialmente pautado, será véspera de recesso e data limite para inclusão da verba para implementação da reposição salarial no Orçamento. Os grevistas também citaram os apoios já recebidos à luta pela aprovação do PLC 28/15: OAB nacional, Ajufe, Ajufemg, presidentes do TRT, TRE e TRF-1, outros desembargadores do TRT etc. Alzira Santos, servidora do TRE que já está em greve desde o dia 10, também se revezou com os colegas grevistas nas mensagens de apelo para que os colegas da Justiça Eleitoral ainda reticentes reflitam e entrem no movimento paredista.
Os participantes das atividades de mobilização de hoje no TRE reforçaram a convocação para o ato público e AGE que serão realizados na quarta-feira, 17/06, em frente ao prédio da Justiça Federal da Avenida Álvares Cabral, 1.741, em BH (veja mais informações AQUI). Eles também decidiram repetir o ato e o arrastão amanhã no prédio do TRT da Rua Mato Grosso, 468, Barro Preto, para esquentar ainda mais o movimento grevista na Justiça do Trabalho da capital. Servidores da Justiça Federal e da Justiça Eleitoral estarão lá e esperam contar com a presença maciça dos colegas da Justiça do Trabalho.