Hoje o UOL publicou uma matéria com o ministro em que o Ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirma categoricamente que “o reajuste pedido pelo judiciário não é compatível com o orçamento brasileiro neste momento”. Para justificar sua afirmação o ministro usa como base os valores divulgados pela nota técnica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que anuncia um impacto de 25 bilhões aos cofres públicos. (Veja a matéria AQUI)
Conforme já noticiado nesse site, (confira AQUI) a nota técnica apresenta vários dados equivocados sobre a reposição salarial dos servidores do judiciário, o governo faz uma manobra para chegar ao valor de 25 bilhões, que não corresponde ao verdadeiro custo do projeto que ao final de sua implementação, depois de 3 anos, custará cerca de R$ 10,5 bilhões, menos da metade do que foi anunciado pelo governo.
O ministro ainda omite a informação de que os servidores do judiciário federal já estão a mais de 9 anos sem recomposição das perdas inflacionárias, e da a entender que a reinvindicação da categoria é por um aumento real descabido. Mas a verdade é que o salário da categoria tem sofrido com o arrocho a quase uma década.
Além disso, um dos argumentos de Barbosa, é que o governo entregará uma proposta de reajuste nas próximas duas semanas, mas o projeto da reposição salarial já está tramitando desde 2009 e já passou por diversas mudanças. O que vem acontecendo, é que o governo tem adiado todos os prazos em relação à apresentação de uma proposta, o pedido de vista do projeto na CCJC pelo líder do PT no senado, Delcidio de Amaral, e o esvaziamento do plenário na sessão seguinte, já deram tempo o suficiente para que o governo partisse para negociação com os servidores. Mas o que tem acontecido é uma grande enrolação.
Esse artigo é mais uma prova de que o governo não tem proposta para os servidores, e não quer a aprovação do PLC 28/15. Eles vão utilizar todas as suas armas para barrar o projeto, inclusive, de matérias como essas para incutir a opinião pública contra a categoria. Por isso, é preciso que os servidores se mantenham cada vez mais unidos e fortifiquem cada vez mais a greve. Só assim será possível arrancar uma vitória.