A realização em 2012 das primeiras eleições diretas no Brasil para a escolha de parlamentares do Mercosul começa a ganhar espaço entre os atuais representantes brasileiros – nove senadores e nove deputados indicados pelo Senado e pela Câmara. Inicialmente as eleições estavam previstas para 2010, mas o projeto de regulamentação das eleições não foi aprovado um ano antes, como determina a legislação brasileira – até mesmo por não estar definido o número de parlamentares a serem eleitos pelos brasileiros.
Abriram-se, então, duas hipóteses para a realização das eleições: 2012, juntamente com o pleito municipal, ou 2014, quando se renovará o Congresso Nacional. Durante a reunião desta manhã, em Montevidéu, o presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul, deputado José Paulo Tóffano (PV-SP), defendeu a realização das eleições em 2012.
– A principal vantagem seria o fato de o eleitor ter de depositar apenas dois votos – para prefeito e vereador – dentro de dois anos – observou.
Cristovam Buarque concordou com o argumento e alertou para o longo período que antecederia as primeiras eleições diretas.
– O ano de 2014 ainda está muito longe – lembrou.
Durante a mesma reunião, o senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) pediu que a representação promova encontros de parlamentares do Mercosul com as principais lideranças políticas de Brasília, incluído o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como forma de fortalecer a instituição. Ele defendeu ainda a ampliação do mandato do atual presidente do parlamento, de apenas seis meses. Hoje, a Mesa Diretora tem mandato de dois anos, durante os quais, cada um dos quatro países exerce a presidência de forma rotativa, por meio ano.