Foi reproduzido neste site, em 18/10/2011, o artigo intitulado “Autoridades esquecem-se do passado grevista e jogam contra a consciência política. No texto (leia aqui), o autor, Artur Henrique, presidente da CUT Nacional, faz um comentário sobre a recente greve dos trabalhadores dos Correios e da postura da Justiça do Trabalho em relação ao movimento paredista.
Leia, a seguir, a nota de esclarecimento dos Correios:
“Esclarecimento dos Correios
Com relação à informação publicada no dia 18 de outubro no blog “Vi o Mundo” e replicada pelo site do Sitraemg no dia 19, os Correios esclarecem que o presidente da empresa, Wagner Pinheiro de Oliveira, nunca afirmou que não negociaria com grevistas. Fatos abaixo comprovam a disposição constante em buscar uma conciliação. Já a frase atribuída ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, foi publicada fora de contexto, sem explicar que a autoridade estava informando à imprensa o motivo do desconto dos dias não trabalhados.
Os Correios mantêm um sistema permanente de negociação para debater reivindicações da categoria, com um calendário de reuniões estabelecido. Desde o início do ano, a representação sindical foi recebida diversas vezes pela Diretoria dos Correios para tratar das mudanças do Estatuto Social da empresa. O presidente dos Correios participou, junto com as representações dos trabalhadores, de audiência pública na Câmara dos Deputados para debater as medidas de modernização da ECT.
A negociação específica do Acordo Coletivo começou no final de julho, com reuniões semanais, e durou mais de 40 dias. A empresa apresentou duas propostas ao sindicato antes da greve; ambas foram rejeitadas e sem a apresentação de nenhuma contraproposta, o sindicato deflagrou a greve.
Durante a greve, a empresa chamou o sindicato para negociar em mais de uma ocasião, inclusive melhorando a proposta financeira, que também foi rejeitada. Os Correios também aceitaram sugestão do sindicato para participar de negociação mediada no Ministério Público do Trabalho e aceitaram a proposta de acordo resultante da reunião. Na negociação no Tribunal Superior Trabalho (TST), novamente os Correios mantiveram-se abertos ao diálogo e à negociação.
Os resultados da decisão de negociar são concretos: a empresa e a representação sindical fecharam neste ano dois acordos de Participação nos Lucros e Resultados (2010 e 2011). Apenas a título de exemplificação da mudança ocorrida na ECT, cabe ressaltar que nos oito anos anteriores só um acordo havia sido fechado – a decisão da empresa era imposta aos trabalhadores sem negociação.
Assim, fica claro que a Diretoria dos Correios mantém diálogo com os trabalhadores de forma permanente, por entender que a negociação é condição necessária para a prestação de um serviço de qualidade.
Departamento de Relacionamento Institucional”