A manifestação de hoje registrou a presença de servidores de Divinópolis, Monte Azul, Contagem, Sete Lagoas e Ipatinga
Indignados, mas firmes no propósito de verem derrubado o Veto 26 sobre o PLC 28/15, os servidores do Judiciário Federal em Minas, reunidos na tarde de hoje, 4, durante ato público e assembleia (relembre aqui as deliberações da AGE) fizeram duras críticas à manobra do governo ao inviabilizar mais uma sessão do Congresso Nacional, na última quarta-feira, 2, na qual estava prevista, dentre outras, a votação do veto 26 ao PLC 28/15.
O coordenador do SITRAEMG Célio Izidoro Rosa fez a abertura da manifestação passando os informes do Comando Nacional de Greve (CNG) – leia aqui, e, em seguida, falou do intenso e exaustivo trabalho realizado pela caravana mineira em Brasília, nos últimos dias. “Frente às nítidas manobras do governo em não apreciar o Veto 26, o momento é de radicalizar”, disse Izidoro, recordando-se da manobra bem articulada de Renan Calheiros, no último dia 2, a fim de ganhar tempo junto aos parlamentares. “Temos que trabalhar fortemente junto aos parlamentares para ver a quem eles estão a serviço; do povo, que os elegeram, ou do governo”, destacou Izidoro.
Em solidariedade ao movimento grevista do Judiciário Federal, esteve presente na manifestação a professora Conceição de Oliveira, representando o Sindrede-MG. A professora lamenta a falta de abertura dos governos (estadual e federal) junto à categoria, nas negociações do funcionalismo público.
O coordenador sindical Sandro Pacheco agradeceu aos guerreiros servidores que estiveram mais uma vez em Brasília e também criticou o governo; “manobra suja, fomos pegos de surpresa e governo sabia que seria derrotado, por isso, pediu, rapidamente, o encerramento da sessão”, recorda-se. Corroborando seu pensamento, Luiz Fernando Rodrigues, diretor de base (TRT), relembrou toda a tramitação do projeto de reposição salarial da categoria, e disse que o pior momento da greve foi na semana passada, diante da “mentira deslavada do presidente que conduzia a sessão daquele dia, que, ao perceber que estávamos perto da vitória, faltando apenas três senadores para atingir o quórum, pediu pelo encerramento da sessão”.
Marco Antônio, servidor da Justiça Federal, informou que os oficiais de justiça não se intimidaram com a mudança de data da sessão Congresso – antes, agendada para 9/9 -, e continuam em greve, mantendo apenas o percentual necessário. “Não ganhamos nada até agora e reafirmamos (oficiais de justiça) nossa posição até a queda veto. Não devemos aceitar a derrota e abaixar nossas cabeças”, frisa o servidor. Vicente Chaves, servidor da Justiça Federal de Ipatinga, pediu aos colegas que não recuem, “precisamos ir a Brasília e, com certeza, avançaremos”. A coordenadora sindical Vilma de Oliveira também ressaltou a importância dos trabalhos em Brasília pela derrubada do Veto e fez um chamado para a próxima caravana.
Mônica, servidora do TRT, após pedir uma salva de palmas aos servidores grevistas, sobretudo àqueles que têm ido à capital federal, e falar dessa última caravana, sugeriu que fosse colocada em votação na AGE, a possibilidade de o SITRAEMG se solidarizar aos sindicatos “irmãos” numa possível crise financeira oriunda da greve. A proposta foi deliberada durante a AGE, que se mostrou sensível ao pleito, no caso de necessidade. Ainda sobre solidariedade, a também servidora do TRT, Barbara, realçou as graves consequências que os servidores grevistas podem sofrer; “greve é ato de solidariedade, e devemos ser solidários aos colegas que vão a Brasília, paralisando, aqui em Minas, as atividades, obedecendo ao quantitativo mínimo necessário”.
O conselheiro fiscal do Sindicato, Alexandre Brandi, servidor do TRE, ao falar sobre a manobra do governo, disse que é clara a intenção deste em desgastar os servidores até conseguirem aprovar o projeto e reposição apresentado pelo STF. “Mas não podemos engolir isso; governo e políticos querem nos consumir”, observa Brandi, destacando que o movimento grevista está muito bonito e que o mineiro “dá um boi para não entrar numa briga, mas uma boiada para não sair”.
Também diretor de base, David Landau, servidor do TRT, falou sobre a importância e força da greve, que já alcança três meses. “Lutar contra o governo, Congresso e Judiciário é uma luta difícil porque aqueles têm o poder econômico; vemos um Congresso, ou parte dele, vendido”, lamenta o servidor. Na sequencia, o servidor do TRT e diretor de base José Francisco Rodrigues chamou os colegas a se conscientizarem pela importância da greve. “Nessa história somos atores e não devemos nos preocupar, neste momento, com cortes de ponto, pois o nosso ponto já está sendo cortado há quase dez anos, pela falta de reajuste, por isso nãom devemos abrir mão da nossa dignidade”, finaliza José Francisco.
Inscrições para caravana do dia 21/9
Os interessados em participar da próxima caravana a Brasília, com saída no dia 21/9, pela derrubado do Veto 26, deve se inscrever pelos telefones (31) 4501-1500 / 0800-2834302, falar com Cássia, ou pelo e-mail caravana@sitraemg.org.br/ , informando nome completo e número do documento de identidade.