XVII Plenária Nacional: votação apertada marcou apresentação das propostas

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O debate e votação sobre Conjuntura foi a primeira atividade da tarde do segundo dia da XVII Plenária Nacional da Fenajufe, que acontece em São Luís, no Maranhão, até hoje, 6 de maio. Delegados apresentaram propostas de resolução a respeito de conjuntura internacional e nacional, levadas a votação da plenária.

Em relação à conjuntura internacional, confrontaram-se duas propostas sobre a atuação da organização dos servidores do Judiciário Federal e do MPU: uma defendida pelo campo formado pelas centrais sindicais CUT, CTB e independentes, e outra, pelo movimento Luta Fenajufe.

Entre as diferenças, o primeiro conjunto de propostas defende a independência do movimento sindical frente aos governos, ressaltando que não é possível direcionar a mesma força de resistência a governos imperialistas e a governos populares. “É preciso tratar de forma diferente governos como o dos Estados Unidos e governos eleitos por projetos populares, como na América Latina”, disse Marcelo Carlini, do Sintrajufe/RS.

A segunda proposição defendeu a resistência dos movimentos populares e dos trabalhadores contra os governos e o capital. Em votação apertada, a primeira proposta venceu por 75 a 73 votos.

No que tange à conjuntura nacional, foram apresentadas duas teses e duas propostas de resolução. A primeira tese cobrava outra postura do governo Dilma, apresentada por por delegados organizados na CUT, CTB e independentes, defendia a volta do governo às classes trabalhadoras para defender de fato os interesses dessa categoria, ao invés de adotar políticas de cortes de direitos e de corte de verbas nas áreas sociais. A segunda tese, apresentada pelo movimento Luta Fenajufe, defendia total independência em relação ao governo Dilma. O texto afirmava que o governo atual é um governo de continuidade e requeria a construção de uma agenda dos trabalhadores e a discussão de um plano de lutas contra o favorecimento que o governo federal vem dando ao empresariado e ao capital.

Em mais uma votação apertada, ambas as propostas de resolução foram aprovadas, com 74 votos cada.

Pacto Social e Código Florestal

Quanto às propostas de resolução, duas foram apresentadas e aprovadas. A primeira proposta tratava contra o Pacto Social, “travestido de luta contra a desindustrialização”. Segundo o texto, as ações do Pacto não passam nem perto das necessidades dos trabalhadores, ainda mais quando se leva em consideração que o governo Dilma apóia financeiramente o empresariado tirando, para isso, verbas, por exemplo, da previdência – o que gera um rombo que, por sua vez, fortalece a ideia de privatização.

A segunda proposta apresentada exigia o veto da presidência da República ao Código Florestal. No texto, os proponentes classificaram o Código como “um ataque ao meio ambiente e aos pequenos produtores”, o que viria a gerar, por exemplo, um aumento dos preços dos alimentos. 

Janaina Rochido – de São Luís, MA, com informações de Cláudio Castro, do Sintrajufe-MA

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