A atividade mais aguardada da programação da XVII Plenária Nacional da Fenajufe, a discussão sobre o PCS, encerrou o segundo dia da Plenária. No entanto, o debate em si ainda não acabou: dado o adiantado da hora, a plenária decidiu deixar para a manhã de domingo as votações e resoluções a respeito do tema. Para facilitar a condução dos trabalhos, a mesa sorteou 20 delegados para irem ao microfone fazer suas considerações e propostas.
Percebeu-se, pelas falas dos participantes, que os servidores do Judiciário Federal estão de fato descrentes com o governo Dilma Rousseff, que eles acusam de ter se voltado contra os trabalhadores, apesar de ter emergido deles. E, novamente, o pedido por união da categoria e unificação das lutas pelo bem comum permeou praticamente todas as falas.
Os expositores também cobraram o cumprimento efetivo, por todos os estados, do calendário de lutas, para que haja um fortalecimento do movimento e apoio entre os sindicatos para que os prejuízos de quem aderir à greve sejam menores. Nesse sentido, alguns delegados também defenderam que cessassem os ataques entre as entidades para ver “quem fez mais greve” e que as disputas entre centrais sindicais não ofuscassem o motivo principal do evento – o PCS.
Hebe-Del Kader, coordenador-geral do SITRAEMG e membro da diretoria da Fenajufe, foi um dos delegados a manifestarem sua opinião ao microfone (a sorteada foi Terezinha de Jesus Silva Freitas, mas ela cedeu sua palavra a Hebe-Del). Em sua fala, o coordenador mineiro criticou as brigas dentro da categoria apontando a ironia de todos se tratarem por “companheiro”, quando, na verdade, o que se vê são disputas e divisão. Ainda, Hebe-Del chamou a atenção para a necessidade de repensar novas estratégias de mobilização: “o jogo mudou, as armas precisam mudar também”.
De forma pontual, os delegados sorteados também criticaram os colegas que não se mobilizam à espera de acordos, propuseram atividades para a mobilização da categoria e mostraram-se divididos entre críticas e elogios à atuação do deputado federal Roberto Policarpo (PT-DF), ex-dirigente do Sindjus-DF e atual relator do PL 6613/2009, o PCS, atualmente parado na Comissão de Finanças e Tributação – CFT.
Janaina Rochido – de São Luís, MA
