SITRAEMG marca presença no 1º Encontro Estadual do Movimento Mulheres em Luta

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Foi realizado nos dias 24 e 25 de setembro o 1º Encontro Estadual do Movimento Mulheres em Luta – MML, no qual 117 mulheres reuniram-se na cidade mineira de Mateus Leme para debater temas de impacto direto na vida das mulheres, como machismo, a condição da mulher nos dias de hoje e direitos e políticas para mulheres e demais trabalhadores.

Etur Zehuri, aposentada do TRT filiada ao SITRAEMG e ex-diretora da entidade, esteve presente ao evento representando o Sindicato – um dos apoiadores do encontro – e participou da mesa de abertura. Confira abaixo matéria a respeito, pela jornalista do MML, Lívia Furtado e aguarde mais informações e detalhes sobre o encontro em www.mulheresemlutamg.blogspot.com.

1º Encontro Estadual do MML: uma vitória para a luta e a organização das mulheres em Minas e no Brasil!

Etur Zehuri (em pé), aposentada do TRT e filiada ao SITRAEMG, participa da mesa de abertura do Encontro do MML (Foto: cedida por MML)

Desigualdades, direitos, indignação, sonhos. Esses são apenas alguns dos motivos que levaram as mulheres mineiras ao 1º Encontro Estadual do Movimento Mulheres em Luta, nos dias 24 e 25 de setembro, no município de Mateus Leme. Foram dois dias de debates sobre machismo, a condição da mulher nos dias de hoje, direitos e política para as mulheres e para os trabalhadores. O Encontro e seus resultados significam um passo importante para o Movimento Mulheres em Luta e a organização das mulheres, no estado e nacionalmente.

Participaram 117 mulheres de diferentes profissões e categorias, de 11 cidades mineiras. Estiveram representados 11 sindicatos, 4 oposições, além de movimento popular e entidades estudantis. Entre elas, professoras estaduais e municipais, trabalhadoras da saúde, bancárias, estudantes, metalúrgicas, servidoras e mulheres ligadas ao movimento popular. Muitas estavam ali discutindo, pela primeira vez, como o machismo e o capitalismo tornam suas vidas tão difíceis, e por que a condição feminina ainda é tão desigual no trabalho, em casa, nas escolas.

Após mesas de debate e grupos de discussões sobre saúde, direito à maternidade, mulher negra, mulher no trabalho, violência e sexualidade, a plenária final, no domingo, foi vitoriosa ao apontar a luta e a organização das mulheres como forma de vencer a situação de opressão e exploração em que elas vivem sob o capitalismo. O Encontro debateu o governo Dilma, o primeiro governo “feminino” na história do País, e que mantém a política de atacar duramente a classe trabalhadora e os serviços públicos, e enriquecer banqueiros e empresários. Diante desse fato, a conclusão das participantes é de que os movimentos de mulheres precisam ser independentes de governos e empresários e confiar apenas em sua luta e organização.

Nesse sentido, as mulheres presentes reafirmaram a concepção de um movimento de mulheres classista e independente e votaram por exigir de Dilma políticas efetivas em prol das mulheres e da classe trabalhadora, denunciando também os cortes de verbas no orçamento, a postura conservadora de Dilma em relação à legalização do aborto, as políticas assistencialistas desse governo, que não melhoram de fato a vida da população mais pobre, na qual a maioria são mulheres.

O Encontro também votou resoluções importantes para a organização estadual das mulheres, como uma Secretaria Executiva e uma coordenação com representantes estaduais, que se reunirá periodicamente. A orientação é que se construam grupos do MML nas cidades, sindicatos e locais de trabalho. As resoluções do Encontro apontam também as campanhas prioritárias em Minas Gerais e nas categorias, resumidamente:

  • universalização das vagas na Educação Infantil/creches públicas, com qualidade e funcionamento em todos os turnos;
  • todo apoio à luta das trabalhadoras da Educação Infantil por valorização e melhores salários;
  • luta por creches mantidas pelas empresas e universidades;
  • campanha pelo direito à licença maternidade de seis meses para todas as mulheres, obrigatória e sem isenção fiscal aos patrões;
  • luta contra o assédio moral e sexual nas empresas;
  • campanha “Trabalho igual, salário igual”, votada pela CSP-Conlutas.

A aliança com a classe trabalhadora como parte fundamental da luta das mulheres está expressa também nas resoluções. O MML é filiado à Central Sindical e Popular – Conlutas e participa de seus fóruns e campanhas, ao acreditar que só a luta conjunta de toda a classe pode levar a uma sociedade sem machismo e sem desigualdade.

Os resultados do Encontro já estão aí! No dia 27/09, o MML realizou sua primeira reunião em Divinópolis, tendo como pauta principal a situação da Educação Infantil naquela cidade. Em outubro, será realizado um Encontro de Mulheres em Itajubá, Sul de Minas. O que prova que lugar de mulher… é na luta!

Confira mais fotos do evento:

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