Assim como ocorreu em Belo Horizonte e Contagem, servidores do Judiciário Federal, em comemoração ao Dia do Servidor, organizaram “pedágio” em defesa dos serviços públicos, contra a Reforma Administrativa e as privatizações também em Divinópolis. Postados ao lado de semáforos próximos dos prédios da Subseção da Justiça Federal e do fórum da Justiça do Trabalho, munidos de faixas de protestos contra as políticas do governo e mantendo as recomendações do uso de máscaras e do distanciamento social, eles aproveitaram os intervalos do sinal vermelho para entregar aos motoristas kit saúde contendo máscaras e álcool em gel, além de panfleto do SITRAEMG mostrando “As mentiras do governo e da imprensa e a verdade nua e crua – As reformas são para acabar com os direitos dos trabalhadores e os serviços gratuitos prestados à população” e do manifesto da Frente Mineira em Defesa do Serviço Público contra a Reforma Administrativa e a “Destruição do Serviço Público e dos direitos dos servidores” .
O objetivo da manifestação foi despertar a consciência da população para a ameaça que a cerca com as políticas do governo, levadas a cabo com total apoio da imprensa, de desmonte do Estado brasileiro, dos serviços públicos, dos direitos dos servidores e do acesso da população a serviços públicos a ela historicamente prestados gratuitamente.
Coincidentemente, na terça-feira (27), o governo baixou um decreto, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, permitindo que o Ministério da Economia estudasse incluir as Unidades Básicas de Saúde (UBS) no Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI). A medida caiu como uma bomba entre os servidores públicos, trabalhadores da iniciativa privada e a população em geral, sobretudo as camadas que mais necessitam de serviços gratuitos, diante do fato de que o Sistema Único de Saúde (SUS), um dos melhores sistemas de saúde pública do mundo, mostrou todo seu valor e importância nesse período da pandemia do novo coronavírus. Bolsonaro voltou atrás e revogou o decreto depois de ter constatado que a insanidade que pretendia cometer o levaria, com certeza, à perda do cargo.