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Servidores do Judiciário Federal/MPU e demais servidores,
Nossa vitoriosa greve de 2015 nos levou para registros históricos e fotos nos corredores do Congresso Nacional e, sem medo de errar, foi um dos momentos que representaram o estado democrático de direito, da forma mais emocionante que o Distrito Federal já presenciou desde a sua criação.
Desta data de 2015 até hoje, setembro de 2018, vários encaminhamentos e sugestões chegaram à minha pessoa solicitando e questionando o porquê de não existirem parlamentares que são servidores públicos.
A resposta até hoje foi muito simples: porque não nos envolvemos e deixamos a direção de nosso país nas mãos dos políticos de carreira, ou seja, nas mãos dos políticos de carteirinha, os mesmos que são financiados pelas multinacionais, latifundiários, banqueiros, bancada da bala etc.
A Carta Magna, com 30 anos de existência, foi criada para que o povo estivesse representado no poder. Porém, por não nos envolvermos, vamos deixando a condução de nossas vidas nas mãos de pessoas que nem sempre são comprometidas com as causas dos trabalhadores e da sociedade brasileira.
E é por causa da negligência de grande parte do povo que continuamos sendo roubados pela maioria dos políticos!
Continuamos recebendo muitos pedidos e propostas para que nos coloquemos como ferramentas e instrumentos nesse processo legislativo e cenário econômico difícil, com a finalidade precípua de trazer renovação política, principalmente, expulsando, através do voto, os corruptos que se mantêm há décadas nos representando no Congresso Nacional.
Para que tenhamos representatividade de verdade, temos a necessidade de novos e honestos políticos.
E como poderemos empreender esta empreitada? A resposta é: criando nossa própria bancada de servidores.
Só nós, servidores públicos municipais, estaduais e federais, por exemplo, sabemos como anda a saúde com os atendimentos do SUS, a educação pública sem professores e com salários atrasados, a segurança com pouca estrutura para fazer o trabalho preventivo etc.
Acreditamos que, com trabalho árduo, e com a união dos servidores públicos municipais, estaduais e federais, seremos milhões para alavancar este projeto.
Somos cientes do trabalho que estamos abarcando. Porém, a condução apaixonada deste projeto, o convencimento dos colegas, a união de todos nós, a exemplo de nossa greve, nos levarão à conquista do nosso espaço dentro do Congresso Nacional.
Imaginem, por exemplo, se nas reuniões do Congresso Nacional tivéssemos 27 senadores e no mínimo 27 deputados federais do PJU/MPU. Imaginem!
Imaginem se, além destes 54 parlamentares, tivéssemos outras dezenas de parlamentares servidores da educação, saúde e segurança dos municípios e estados. Imaginem!
Somos a maior classe de servidores. Nacionalmente, representamos as cabeças pensantes do Brasil. Porém, não temos nos envolvido a contento com a tomada de posição em relação à condução do destino político de nossas vidas, amigos e familiares.
Não somos inocentes. Sabemos que é um projeto ousado. Mas aprendemos, ao longo do tempo, que hoje isso é uma necessidade.
Estamos em todos os estados, somos uma grande nação que se preocupa com a sociedade brasileira.
Queremos que acabem os cabides de emprego que só servem para a politicagem suja do país!
Queremos revogar a EC 95/16, que congela investimentos nas áreas de saúde, segurança e educação.
Neste cenário atroz, surgiu como fênix um sentimento de respeito e de luta pela renovação e por dias melhores.
Diante disto tudo, temos uma missão: proteger o serviço público, cuidar dos servidores públicos em todas as esferas.
Temos que nos envolver.
Temos que fazer a diferença. Não há mais possibilidade de apenas assistirmos aos acontecimentos. Queremos fazer parte deles, tomar as rédeas desta oportunidade de mudança e fazer com que ela aconteça.