Os artigos aqui publicados são de inteira responsabilidade do autor, não sendo esta necessariamente a opinião da diretoria do SITRAEMGPrezados colegas do PJU e do MPU,
Há poucos minutos, conversamos com o Diretor-geral do STF, Amarildo Vieira, e fomos informados de que a Portaria Conjunta elaborada pela Comissão responsável por regulamentar à lei do reajuste dos servidores do Poder Judiciário já está pronta, restando apenas à colheita de assinaturas de alguns presidentes dos Tribunais Superiores e Conselhos. Indagado, Amarildo confirmou que a regulamentação saiu na forma requerida pela Fenajufe, contemplando todos os diplomas de graduação. Por fim, informou que na semana que vem haverá a definição da Comissão Interdisciplinar para a reestruturação dos cargos do PJU, bem como que a Fenajufe será oficiada a esse respeito.
Esse encontro, entretanto, ocorreu em um contexto que enseja perplexidade e exame da Diretoria Executiva da Federação e da própria categoria. Com efeito, chegou ao nosso conhecimento que haveria uma reunião do STF com entidades dos servidores do PJU, articulada pelo Coordenador da Fenajufe, Ronaldo das Virgens, para tratar de temas de interesse da categoria de âmbito nacional. Ainda chegou ao nosso conhecimento que a reunião havia sido solicitada em nome da Fenajufe.
Desse modo, eu (Gerardo), na qualidade de plantonista da Fenajufe na semana, e o Adilson, enquanto Coordenador-geral da Fenajufe comparecemos no local da reunião. Assim, encontramos na entrada da reunião os Coordenadores da Fenajufe Julio (também plantonista da semana), Vicente e Ronaldo, além de mais alguns dirigentes sindicais e servidores da base.
No entanto, após uma recepção indelicada e até o levantar de voz por parte de um dos dirigentes da Fenajufe ali na ante sala da DG, nossa entrada na reunião foi obstada, sob a alegação de que não se tratava de reunião da Fenajufe. Tudo isso nos causou surpresa pelo fato de haver três Coordenadores da Fenajufe presentes na reunião, incluindo o Julio, plantonista da semana e que, por isso, encontra-se representando a Fenajufe. Além disso, o tema da reunião era de interesse da categoria em todo o país.
No entanto, apesar da mencionada falta de respeito, mantivemos uma postura tranquila e nos retiramos do local. Antes de sair, pedimos ao Amarildo o agendamento de reunião específica com a Fenajufe para tratar deste e dos demais temas, que são de interesse da categoria e têm repercussão nacional e ficamos de expedir ofício, formalizando este pedido, o que faremos ainda hoje.
O procedimento de atropelo da Fenajufe, entidade legitimada a fazer a representação nacional da categoria, foi prática utilizada por alguns dirigentes na negociação do projeto de reajuste salarial e na luta pela derrubada do veto 26 e mostra-se extremamente prejudicial para toda a categoria. Esperamos que haja o respeito à forma regular de atuação das entidades sindicais e dos diretores eleitos, sem reuniões secretas de alguns grupos políticos de dentro da própria Fenajufe, o que, aliás, já está se tornando uma praxe.
Digno de registro que também os Coordenadores Costa e Adriana, ao serem questionados, nos informaram que não foram convidados para a reunião, malgrado os dois estarem em Brasília e terem ficado toda a semana envolvidos em atividades da Fenajufe.
Enfim, tomaremos as providências necessárias para que um evento dessa natureza não volte a acontecer. O constrangimento gerado com o episódio arranha a imagem da nossa instituição, que precisa estar hígida para assegurar os direitos e interesses dos 134.000 servidores representados em todo o país.
Brasília/DF, 05 de agosto de 2016.
Adilson Rodrigues
Coordenador-geral da Fenajufe
Gerardo Lima
Coordenador plantonista da Fenajufe