Fórum nacional em defesa dos direitos ameaçados se reúne nesta quinta em Brasília

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Encontro do fórum unificado, que está sendo construído, deverá reunir dezenas de entidades para articular movimento de resistência a medidas já sinalizadas pelo governo

As medidas iniciais do atual governo e o tom hostil aos serviços públicos da primeira reunião ministerial conduzida pela presidenta Dilma Rousseff devem ser pautados na reunião do fórum nacional em defesa dos direitos dos trabalhadores, que levará representantes de dezenas de entidades sindicais e dos movimentos populares a Brasília, nesta quinta-feira (27).

O encontro dará continuidade aos debates e articulações travados em novembro do ano passado, também em Brasília, na reunião que selou o acordo em torno da construção deste fórum, que se propõe atuar com independência e desatrelado de governos. Organizam a atividade, entre outras entidades, o Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), a CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular) e a Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), mas participaram representantes de outras centrais sindicais e federações.

Segundo o servidor Saulo Arcangeli, que integra a coordenação do movimento LutaFenajufe e é dirigente da federação nacional (Fenajufe), o encontro deverá costurar um calendário de ações conjuntas de diversos setores, buscando defender direitos trabalhistas, previdenciários e tributários, que estariam na mira do governo federal e de segmentos empresariais.

Na avaliação de Saulo, que participará da reunião, causa preocupação as declarações de ministros e da própria presidenta da República, Dilma Rousseff, apontando a intenção de reduzir os investimentos no setor público, ‘flexibilizar’ a legislação trabalhista e mexer nas formas de financiamento da Previdência Social. Entre as medidas já divulgadas como possíveis está a redução da alíquota paga à Previdência pelo empregador. “Isso depois terá reflexo nas aposentadorias”, alerta Saulo. Sucessivos governos vêm usando sistematicamente suposto ‘déficit’ nas contas da Previdência, contestado pelas entidades sindicais, para justificar medidas que reduzem direitos previdenciários.

Outro aspecto que deverá ser abordado na reunião é a continuidade da política de taxas de juros altos para financiar as dívidas públicas, o que leva à redução nos investimentos estatais em praticamente todas as áreas. A primeira reunião do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, aprovou elevar a taxa de juros, que já eram as mais altas do mundo, para 11,25%, decisão ratificada por Dilma Rousseff.

Por Hélcio Duarte Filho

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