Cresce cerco ao novo corregedor da Câmara

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Dono de castelo, deputado Edmar Moreira é alvo de ação do INSS na Justiça que cobra R$ 45 milhões de dívidas previdenciárias de suas empresas. BB também reivindica pagamento de R$ 1,9 milhão de empréstimo.

Empresa de novo corregedor não pagou empréstimo ao BB

Mesmo mergulhada em dívidas e à beira da falência, a empresa de vigilância do novo corregedor da Câmara, deputado Edmar Moreira (DEM-MG), conseguiu um empréstimo de R$ 1,9 milhão no Banco do Brasil em setembro de 2006. Dias depois, a F. Moreira Empresa de Segurança e Vigilância doou R$ 72 mil para as campanhas à reeleição do congressista e de seu filho, o deputado estadual Leonardo Moreira (DEM-MG). O empréstimo não foi pago e a empresa é executada judicialmente na 21ª Vara Cível de São Paulo. Não é só o Banco do Brasil que afirma ser vítima de calote do novo corregedor da Câmara. Documentos obtidos pela Folha mostram que a F. Moreira é alvo de 123 protestos em cartórios de São Paulo, que cobram um valor total de R$ 551 mil. Além disso, a empresa é alvo de inquérito aberto no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o congressista. Ele é acusado de descontar o INSS de seus empregados e não repassar o dinheiro à Previdência, como a Folha revelou ontem. A dívida cobrada em apenas um processo supera R$ 1 milhão.

Deputado volta a afirmar que pagou débito

Menos de uma semana depois de assumir o posto, o novo corregedor da Câmara, deputado Edmar Moreira (DEM-MG), convocou ontem uma entrevista para explicar as denúncias contra ele. Sem apresentar documentos, ele voltou a afirmar que já pagou o que devia ao INSS e que não declarou à Justiça Eleitoral um castelo em São João do Nepomuceno (MG) porque o imóvel está registrado no nome de dois de seus filhos.

Em nota, DEM pede a deputado que deixe cargo na Mesa Diretora

Em nota divulgada ontem, o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), recomenda que Edmar Moreira (DEM-MG) renuncie à segunda-vice-presidência da Câmara. Os quatro principais partidos que apoiaram a eleição Michel Temer (PMDB-SP) para presidir a Casa também discutem reservadamente uma forma de tirar pelo menos a Corregedoria de Moreira.Na avaliação de dirigentes de PT, PMDB, PSDB e DEM, Moreira não tem condição política de ocupar o posto que admite ou rejeita investigações contra os próprios deputados. Uma saída estudada é o desmembramento das funções da segunda vice-presidência, entre as quais está a de corregedor-geral.

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