Nesta quarta-feira, dia 24 de maio, as Centrais Sindicais e diversos movimento sociais construíram a maior marcha em Brasília desde à década de 90, no impeachment de Collor. Centenas de milhares de pessoas ocuparam as ruas de Brasília após grande concentração no estádio Mané Garrincha e partiram em marcha rumo à Esplanada dos Ministérios. Na pauta, as consignas de consenso eram a luta pela derrubada do ilegitimo governo Temer e suas reformas e por eleições diretas já.
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Mais uma vez, a manifestação foi violentamente reprimida, tanto pela PM como pela Força Nacional de Segurança, que não permitiram que os manifestantes chegassem, de forma pacífica, na frente do Congresso Nacional. Dezenas de manifestantes foram feridos, alguns deles em estado grave, inclusive por arma de fogo (veja matéria da Globo sobre o caso).
Segundo o blog justificando, da carta capital, o decreto de Temer que determina o uso das forças armadas para reprimir o protesto pode ser caracterizado como crime de responsabilidade, e já é objeto de estudo de jurista para um novo pedido de impeachment. Após as críticas, Temer foi obrigado a recuar e revogar o decreto, mostrando a atual fragilidade de seu governo.
Apesar de toda a repressão violenta, foi impossível abafar a força deste movimento. A manifestação repercutiu até dentro do Palácio do Planalto, onde fontes do próprio governo admitem que o número de manifestantes foi acima do esperado. As manifestações de rua, geraram bate-boca entre parlamentares da situação e da oposição, dentro do Congresso, o que acabou adiando as votações sobre as reformas trabalhista e da Previdência, que ainda não tem data para acontecer.
As centrais ainda não divulgaram um novo calendário de lutas, mas por diversas vezes, no carro de som, sindicalistas falaram sobre a necessidade de uma nova greve geral, dessa vez, de 48h.
Confira abaixo a galeria de fotos da manifestação em Brasília, e os vídeos produzidos por nossa equipe de comunicação.