Reunião interna do STF com Gilmar Mendes estava prevista para acontecer na noite de segunda; greve nacional continua e pressiona o STF a manter a proposta de revisão salarial aprovada em outubro. Em Minas, paralisação começa na quinta-feira, dia 3.
O Comando Nacional de Greve do Judiciário deve se reunir, nesta terça-feira 1º, com o diretor de Recursos Humanos do Supremo Tribunal Federal, Amarildo Vieira de Oliveira. Os servidores querem saber o resultado da reunião, prevista para noite de segunda-feira 30, da qual participaiam, entre outros, Alcides Diniz, diretor-geral do Supremo, e o ministro Gilmar Mendes, presidente do STF.
Dessa reunião noturna poderia sair uma posição do Supremo com relação ao conteúdo do anteprojeto de revisão salarial. Segundo Amarildo, o STF ainda finaliza a análise das alterações no projeto sugeridas pelo Conselho Nacional de Justiça, através do ministro Ives Gandra.
O diretor de RH teria dito, na semana passada, que o presidente do STF tem restrições a pelo menos parte das mudanças propostas. E que um texto alternativo deveria ser preparado. Não há, porém, certeza sobre isso e muito menos com relação ao conteúdo da proposta final que deve sair do STF. A reunião dos servidores com Amarildo está prevista para acontecer pela manhã, após as 10 horas.
Greve e contatos no Supremo
Os servidores rejeitaram as mudanças apontadas pelo CNJ e seguem defendendo que o projeto seja enviado ao Congresso Nacional imediatamente e com o teor aprovado na reunião dos presidentes dos tribunais superiores, ocorrida no dia 7 de outubro.
Os servidores que estão no Comando Nacional de Greve prometem continuar buscando contato com os ministros do STF, para solicitar apoio à proposta. Na segunda, eles estiveram com o mais novo ministro do órgão máximo do Judiciário no país, Dias Toffoli. Ele ouviu as argumentações e disse que estudaria o caso, sem se posicionar naquele momento.
Até agora, segundo informa a Agência Fenajufe de Notícias, os servidores mantiveram contato com quatro dos 11 ministros do STF: Joaquim Barbosa, Ayres Brito e Cezar Peluzo, além de Toffoli. Também falaram com o assessor de Celso de Melo.
Mas na avaliação do servidor Antonio Melquíades, o Melqui, diretor da federação nacional (Fenajufe), a presença da ’greve’ da categoria nos corredores do Supremo estaria ajudando a pautar o assunto entre todos os ministros.
Sem resposta do STF às reivindicações da categoria, o Comando de Greve mantém a orientação para que a paralisação prossiga e seja fortalecida com manifestações nas ruas e mais adesões. Em Minas Gerais, acategoria decidiu que vai aderir á greve nacional nesta quinta-feira, dia 3 de dezembro.
Por Hélcio Duarte Filho,
jornalista do Luta Fenajufe, esspecial para o SITRAEMG.