Com ‘barulho’, Judiciário pára e pressiona por possível negociação em Brasília

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Milhares de servidores protestam em todo país; ato no Planejamento aguarda negociação

Fazendo muito barulho, mais de dois mil servidores ‘cercam’ nesse momento (16h30 de terça-feira, 1º) o Ministério do Planejamento, em Brasília, no Dia Nacional de Luta, que leva a greve do Judiciário Federal e do MPU às ruas. Os trabalhadores aguardam a reunião prevista para acontecer mais tarde, o horário marcado é 17 horas, ali mesmo no Planejamento, entre representantes do Comando Nacional de Greve e da direção do STF.
A expectativa é de que seja relatado o teor da contraproposta que o tribunal pretende apresentar ao governo, como alternativa ao bloqueio do Planalto à versão original do PL 6613/2009, que prevê implementar o plano de cargos e salários em uma única etapa.
O secretário de Recursos Humanos do STF, Amarildo Vieira de Oliveira, já antecipou que o STF trabalharia com a ideia de manter o conteúdo do projeto, porém não mais em uma só parcela.
Na reunião prevista para acontecer ao final desta tarde, os servidores devem dizer aos representantes do Supremo que a categoria não abre mão de que haja ao menos parte do PCS em 2010.
Estava previsto também para essa terça-feira um novo encontro da comissão de negociação que reúne técnicos do Ministério do Planejamento e do STF. A reunião entre os ministros Paulo Bernardo, do Planejamento, e Cezar Peluso, presidente do Supremo, teria sido descartada, mas a reportagem não conseguiu apurar os motivos disso.
Também não há certeza sobre a que horas ocorrerá a possível reunião da comissão ‘técnica’, para a qual os servidores não estão convidados, mas, já avisaram, vão tentar entrar.
A manifestação que ocorre em frente ao Planejamento é parte dos protestos nacionais do dia que acabou batizado de “apagão” do Judiciário e MPU. O objetivo é convencer todos os servidores, mesmo quem não aderiu à greve, a reforçar as manifestações. A perspectiva é de que mais servidores cheguem ao local do ato em Brasília. Participam, em sua grande maioria, servidores da capital que estão em greve, mas também há delegações de outros estados do país. “O barulho está ensurdecedor, ‘tá’ horrível”, disse, por telefone, um ‘atordoado’ repórter-fotográfico que cobre a manifestação.

Estão acontecendo atos em pelo menos 18 estados e, pelas informações colhidas até aqui, todos com muito barulho – a orientação nacional era para que fossem levadas cornetas, numa referência às tradicionais vuvuzelas que os torcedores sul-africanos prometem usar nos estádios na Copa do Mundo que começa este mês na África do Sul.
Em São Paulo, centenas de pessoas estão em frente ao Tribunal Regional Eleitoral. Também ali as barulhentas cornetas e apitos dão o tom do protesto. Em Belo Horizonte, a manifestação na Justiça Federal reuniu quase 600 também barulhentos servidores. Em Curitiba, pelo menos 150 manifestantes encontram-se em frente ao TRT, no prédio que abriga o gabinete da Presidência do tribunal, fazendo muito barulho.

Por Hélcio Duarte Filho, especial para o SITRAEMG
(colaboraram Janaina de Castro, da Redação do Sinjutra-PR,
e Jocilene Chagas, da Redação do Sintajud-SP)

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