Veja abaixo, no relato da servidora Líliam Lyrio, do Foro Trabalhista de Uberaba, a forte mobilização que envolveu servidores da Justiça Federal e da Justiça do Trabalho daquela cidade, nessa quarta-feira, 1º de outubro, dia de mais um Apagão do Judiciário Federal, em todo o estado, pela aprovação do PL 7920/2014 e inclusão da verba destinada à implementação da reposição salarial da categoria no orçamento de 2015:
“O ato contou com a participação de umas 50 pessoas, entre servidores da JF e alguns da JT. Foi muito produtivo e os vários servidores manifestaram-se lendo textos e notícias de interesse da categoria.
Tomaram a palavra a servidora Eliana Souza, Élcio Mattos, Laércio Ribeiro, Marco Antônio Parreira, Carlos Alberto Martins, D. Geni.
Ao final de muitas informações e desabafos, eu, Liliam Lyrio, li a carta que escrevi “O salário-dia e os inimigos dos servidores do Judiciário Federal” (leia-a aqui), mostrando a triste realidade do salário atual dos servidores, o que os deixou perplexos. Constatamos que o vencimento básico-dia inicial líquido dos servidores (R$ 60,73 de Técnicos e R$ 99,66 de Analistas Judiciários) é inferior ao recebido por diaristas domésticas, que recebem o Bolsa-Família.
Sobre o apoio dos juízes ao nosso pleito, dissemos que é bem-vindo, mas a categoria, unida, é que ainda não descobriu a sua força e o seu poder, já que ela é quem faz girar a máquina judiciária na medida em que representa a maioria dos trabalhadores do pertinente poder.
Eu mesma disse que venceremos quando tivermos união, coragem e luta.
O servidor Alberto, da JF, tocou, com perfeição, o “Rock da greve”, acompanhado por todos, que se soltaram, dançaram e bateram palmas.
Posteriormente, o mesmo servidor passou a dedilhar o referido rock com um ritmo de tristeza, quando iniciei a missa fúnebre para “enterrar” simbolicamente o poder aquisitivo dos nossos salários e a autonomia do Poder Judiciário.
O “sermão”contemplou a evolução histórica da nossa luta face à oposição do governo, reflexões sobre os nossos direitos, a razão da existência da lei e a importância da defesa da nossa dignidade. Enquanto eu falava, os servidores respondiam alto e em coro: “Dilma, rogamos a sua saída” ou “Sem união e luta de todos, não há salvação” ou “Que assim seja.”.
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