Em mais uma das três assembleias setoriais deliberadas pela categoria no ato público da última sexta-feira, dia 22, os servidores do TRE reuniram-se na tarde de hoje, 27, no auditório do prédio de número 320 da Avenida Prudente de Morais para debater com o SITRAEMG opções de mobilização para serem levadas ao ato e assembleia de amanhã, quinta-feira, 28, em frente aos Cartórios Eleitorais de Belo Horizonte (veja detalhes aqui). A coordenadora-geral Adriana Corrêa Valentino e a coordenadora executiva Débora Melo Mansur conduziram a reunião, que também teve a presença da coordenadora de finanças Artalide Lopes Cunha.
Adriana Valentino, que também é servidora do TRE, falou aos servidores presentes da necessidade de estarem todos unidos para pressionar o governo pelo PCS e mostrar o valor do trabalho da Justiça Eleitoral: “fazemos uma eleição que é modelo para o mundo inteiro, mas o governo precisa reconhecer isso nos dando o valor que merecemos”, disse. Débora Mansur acrescentou que “os políticos só funcionam com uma moeda de troca chamada voto. Muitos deputados federais são candidatos a prefeito esse ano, se eles sentirem que as eleições estão ameaçadas, vão ter que tomar uma postura”.
Alternativas
Após os informes a respeito do PL 6613/2009 e sobre como será a mobilização amanhã, o microfone foi aberto. Muitas sugestões foram apresentadas como alternativa à paralisação total, posto que os servidores temem pelas retaliações da administração e do governo, devido às eleições deste ano. Ainda assim, houve quem defendesse a greve por tempo indeterminado, que será levada como proposta para o ato público.
As manifestações também sugeriram que a insatisfação geral da categoria fosse mostrada via o não atendimento dos pedidos da administração (não ir para o interior do estado, não fazer hora extra, não trabalhar nos finais de semana), greve de setores estratégicos, e manifestações na porta dos cartórios de cidades próximas à Belo Horizonte, fazendo bastante “barulho”para atrair a atenção dos candidatos que forem fazer seus registros.
Independente das propostas, todos os presentes concordaram que é preciso união para se mobilizar urgentemente, e que o momento é agora. Assim como na Assembleia Setorial na Justiça Federal, realizada ontem, dia 26, os participantes decidiram se organizar para passar nos locais de trabalho conversando com os colegas e trazendo-os para a luta.
Modelo remuneratório de volta à pauta
Ainda que a pauta da reunião fosse somente a mobilização pelo PCS e o ato público agendado para o dia 28, alguns servidores manifestaram-se a respeito do modelo remuneratório para o Poder Judiciário. Eles atribuíram a dificuldade da aprovação do PL 6613/2009 ao seu custo e formato e defenderam o subsídio como saída para o impasse do reajuste.
Todos que desejaram fizeram seu aparte sobre o assunto, mas os próprios colegas defenderam a união frente ao que já existe em tramitação, que é o PCS. Ainda, eles relembraram todas as instâncias pelas quais a proposta passou antes de virar projeto de lei e seu processo de criação, cuja origem remonta a comissões e grupos de estudo envolvendo a categoria em 2008.