Seminário do Congrejufe: Considerações do SITRAEMG sobre o congresso da Fenajufe

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Continuando os trabalhos do seminário do Congrejufe, os coordenadores do SITRAEMG, Henrique Olegário, Alan da Costa Macedo e Igor Yagelovic compuseram a segunda mesa, que teve como objetivo fazer uma retrospectiva da última greve e esclarecer os eixos defendidos pela atual gestão do SITRAEMG no Congresso da Fenajufe.

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O Coordenador Alan da Costa Macedo fez a abertura da mesa, em que falou sobre as perspectivas de luta da atual gestão do SITRAEMG. Segundo o sindicalista, é necessário ir além da já tão batida reivindicação por reposição salarial e explorar outras possibilidades como a PEC da Data-Base (saiba mais AQUI). O coordenador fez esclarecimentos gerais sobre essa bandeira, que já está sendo encapada como prioritária neste período. Macedo ressaltou as articulações que já estão sendo desenhadas com os parlamentares que apoiaram a derrubada do veto, com o objetivo de encaminhar a PEC ao congresso da forma mais rápida possível.

O coordenador geral também pontuou a necessidade de atuar em diferentes frentes além da remuneratória e ouvir mais a base. Ele citou a luta pelo Direto de advogar e reivindicou um aprofundamento no debate sobre o home-office. Segundo Macedo, o sindicalismo tem se posicionado contra o tele-trabalho sem ouvir de fato a categoria.

Finalizando sua intervenção, Alan Macedo informou sobre as vitórias jurídicas do Sindicato. Como o aumento do auxílio-alimentação e do auxílio-creche, e a aprovação do pagamento dos 13,23% pelo TRF-1.

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O também coordenador Henrique Olegário assumiu a condução da mesa falando sobre a postura dos dirigentes sindicais que jogaram contra a categoria na histórica greve de 2015. Segundo o coordenador, mesmo com os 10 anos sem reajustes e a disposição de lutar da categoria, os setores governistas da Fenajufe atuaram contra os servidores na tentativa de blindar o governo Dilma.

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Olegário ressaltou que estes setores, continuam atuando nos bastidores do Congrejufe para confundir os servidores. Segundo ele, muitos cutistas e governistas estão se misturando em outras chapas, defendendo bandeiras especificas. Dessa forma, o coordenador alertou que se os servidores não se unirem, os governistas continuarão a frente da Fenajufe.

Para o coordenador, os servidores filiados aos partidos governistas deveriam ter usado sua influencia dentro dos partidos para convencer os parlamentares a votarem no pleito dos servidores. Porém, o que aconteceu foi exatamente o contrário – os dirigentes governistas atuaram como verdadeiros agentes de desmobilização do “movimento derruba o veto”, e os parlamentares votaram em bloco pela manutenção do congelamento salarial da categoria.

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Henrique, também criticou o corte de verbas impulsionado pelo atual governo, o que tem gerado mais sobrecarga de trabalho. Por isso, Henrique suplicou aos servidores que pretendem ser candidatos a delegados, que se posicionem contra as chapas governistas. E lembrar que o governo é o patrão, e tem sido um patrão duro, que tem retirado direitos e precarizado a carreira dos servidores do judiciário.

Intervenções

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O membro do conselho fiscal, Alexandre Brandi, criticou o modelo como a Fenajufe funciona. Segundo ele este modelo de federação está falido, pois se distancia da base, e a melhor solução seria a transformação da Fenajufe em um sindicato nacional. Isso unificaria as ações jurídicas e políticas. O servidor ainda defendeu que as eleições da diretoria deveria se dar de forma direta, com votações nos locais de trabalho.

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A servidora Gilda Bandeira defendeu a luta pela PEC da data-base como alternativa a uma greve anual, que, segunda a servidora, não faz mais o mesmo efeito. A servidora também questionou o funcionamento do Congrejufe, que gira em torno apenas da eleição da sua diretoria, sobrando pouco tempo para discutir as questões de interesse da categoria. Bandeira também sugeriu que, em uma reforma estatutária a Fenajufe tivesse representações de todos os sindicatos em sua diretoria.

Fernando Guetti fez uma intervenção contra a ingerência de partidos políticos na Fenajufe. Segundo o servidor, a Fenajufe não pode ser um acordo de correntes partidárias, por isso é necessário expulsar todos os partidos da federação.

O servidor Isaac Raimundo reivindicou que os sindicatos busquem formas de se aproximar mais da base e criem formas mais efetivas de ampliar a participação dos servidores. Uma das propostas é a votação online, que, segundo o servidor, facilitaria a participação e seria mais econômico para a entidade.

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