O SindUte-MG está convocando os professores da rede pública estadual de ensino para uma assembleia geral nesta quinta-feira (12), no pátio da Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte. Em greve desde o dia 11 de fevereiro, a categoria fará avaliação do movimento, que tem a seguinte pauta: cumprimento do Piso Salarial Profissional Nacional; defesa do emprego; pelo direito a uma educação pública de qualidade social; sanção do PL 1.451/2020 e da Emenda 2/2020.
Sobre esse último item da pauta, aliás, o sindicato da categoria lançou a campanha “#SancionaTudoZema”, em apelo ao governador para que sancione a lei, que prevê reajuste para servidores da área da segurança pública, e também a emenda, que estende o aumento para outras categorias, incluindo os professores. “É greve, é greve, é greve…até que Romeu Zema pague o que nos deve”, expressa a entidade no chamado à sua base para a assembleia, referindo-se também à normalização do pagamento dos salários e 13º salários do funcionalismo público, que vem recebendo em atraso e de forma escalonada desde o mandato anterior, do governador Fernando Pimentel.
Município de BH
Já os professores da rede pública do município de Belo Horizonte estão iniciaram a greve em 27 de fevereiro. Eles reivindicam a recomposição do piso salarial municipal da educação, a implementação das sete horas de planejamento, a reorganização da perícia médica, o fim da terceirização e a descentralização dos recursos de manutenção das escolas e outros itens.
Segundo informações do Sindirede-BH, que representa a categoria, ao contrário do que afirmou o secretário municipal de Educação, desde o início da greve, o comando vem tentando uma negociação com a prefeitura a fim de tentar compor uma proposta para apresentar para a categoria. Na sexta-feira, foi tentado um acordo com a PBH, houve uma reunião com a secretaria de Planejamento. Posteriormente, na segunda-feira, o comando recebeu e analisou uma proposta enviada pela PBH e avisou que a mesma não contemplava vários itens da pauta e que teria dificuldade para ser aceita pela categoria. Ainda assim, a proposta foi levada para a apreciação da assembleia (09/03) e foi rejeitada, o que resultou na continuidade da greve.
No município de Belo Horizonte, afirma o Sindrede-BH, não se paga o Piso Salarial Nacional, que deveria incidir no primeiro nível da carreira para trabalhadores de nível médio. A proposta feita pela prefeitura, de uma bonificação para as pessoas que estão recebendo abaixo do previsto na lei (níveis 1 e 2 da carreira), nega a Lei do Piso, pois não incide nos demais níveis da Carreira. Esses são os motivos centrais de nossa greve: a preservação da carreira e o reconhecimento do Piso Salarial Nacional.
“A prefeitura de Belo Horizonte desrespeita os trabalhadores em educação quando insinua que essa greve é eleitoral. A categoria de professores é uma categoria de lutas históricas, autônoma, independente e ciente de suas decisões. Os Trabalhadores em educação não são massa de manobra de qualquer político ou entidade sindical e entraram em greve, neste ano, porque neste ano o salário está abaixo do Piso Salarial Nacional, mesmo considerando a proporcionalidade do Piso para a jornada de 22h30 (formulação com a qual não temos acordo) e a Carreira encontra-se ameaçada”, reclama o Sindrede-Bh em matéria publicada em seu site.
Com informações do SindUte/MG, Sindrede-BH e Estado de Minas.