Um verdadeiro impasse tem dificultado a instalação da sessão do Congresso Nacional nesta quarta-feira, 30/09, e por incrível que pareça o Veto 26/15 (que versa sobre a reposição salarial dos servidores do judiciário), não é o protagonista da questão.
Após a o julgamento do STF, que julgou inconstitucional o financiamento privado de campanha, a presidente Dilma vetou este ponto da mini-reforma política aprovada pelas duas casas do legislativo. Tal decisão provocou a ira do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que é um defensor declarado do financiamento empresarial, e grande beneficiário desse tipo de financiamento. Por isso, o presidente da câmara, em uma manobra regimental convocou diversas sessões extraordinárias da Câmara dos Deputados, ocupando assim o plenário da casa, o que impede a instalação de uma sessão conjunta.
Cunha já se manifestou, afirmando que só vai permitir a instalação da sessão do Congresso Nacional caso o veto ao financiamento empresarial de campanha seja pautado. Segundo o Coordenador Geral do SITRAEMG, Alexandre Magnus, o cenário tem mudado constantemente, mas a única alternativa dos servidores é continuar mobilizado “Eis o cenário: 1 – Cunha só libera o plenário quando o veto estiver na pauta, 2 – Renan só libera a votação dos vetos quando o PMDB estiver nos Ministérios, 3 – Dilma só libera os Ministérios com a manutenção dos vetos. Impasse criado. Simples assim, tudo pode acontecer, então continuemos a pressão com ligações, mensagens e chamadas no facebook”, afirmou o coordenador. O deputado federal Domingo Savio (PSDB/MG) concedeu uma entrevista sobre o cenário do Congresso hoje, veja abaixo:
Uma análise sobre as perspectivas de votação do Veto 26/15
Em conversa com as servidoras mineiras Adriana de Araújo Silva e Castro, do TRE, e Helena Maria, aposentada também do mesmo Tribunal, nesta tarde, na Câmara dos deputados, o deputado Mandetta (DEM/MS) afirmou que, se o Veto 26/15 for votado hoje, há grande possibilidade de ser mantido, o que representaria derrota para a categoria. Por outro lado, entende o parlamentar sul-mato-grossense, ficaria mais fácil a derrubada do Veto depois que se definisse a reforma ministerial que está sendo arquitetada pela presidente Dilma. A explicação do deputado, “os partidos desprestigiados com a nova distribuição das pastas se rebelariam e votariam contra o Palácio do Planalto.”
Enquanto o impasse não se resolve, e Sindicato e servidores filiados reforçam o trabalho de convencimento com os parlamentares, e não permitem que a caravana a Brasília se torne uma viagem perdida. Veja abaixo algumas fotos do corpo a corpo com os parlamentares: