O Brasil e o mundo passam por um momento de extremo radicalismo, que tem levado as pessoas à prática exacerbada de todo tipo de intolerância – política, cultural, religiosa, sexual, racial. Postura que só conduz a humanidade à desagregação e ao atraso.
Neste 20 de outubro, em que se comemora o Dia Nacional da Consciência Negra, em celebração à data da morte de Zumbi dos Palmares, escravo-líder do Quilombo dos Palmares, ocorrida em 20 de novembro de 1695, o SITRAEMG conclama os servidores do Judiciário Federal e toda a sociedade a exigirem, de forma contundente, o respeito máximo aos princípios consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
São 30 os artigos da Declaração, proclamada em 10 de dezembro de 1948, como norma a ser alcançada por todos os povos e nações, visando à plena paz universal. Mas há três, em especial, que merecem ser destacados nesse momento de turbulências por que passa, sobretudo, o Brasil:
- Artigo 1º: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”.
- Artigo 2º: “Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição”.
- Artigo 3º: “Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”.
E, no que se refere principalmente à raça negra, nesse momento brasileiro em que acaba de entrar em vigor uma lei que praticamente extingue a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), retirando direitos históricos da classe trabalhadora, remetendo o país de volta a praticamente aos primórdios da escravidão, vale lembrar que o artigo 4º da Declaração Universal dos Direitos Humanos:
- Artigo 4º: “Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas”.
Voltando à questão da intolerância e do preconceito, é também importantíssimo rememorar a célebre frase dita pelo cientista Albert Einstein, autor da Teoria da Relatividade:
- “É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”.