No dia 26 de julho, foi realizado pelo Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) e o Tribunal Regional Federal da 2ª Região o debate “Justiça do Trabalho e Justiça Federal juntas?”, no Centro Cultural Justiça Federal, Rio de Janeiro. O objetivo do evento foi discutir a ideia de unificação dos dois segmentos do Poder Judiciário da União.
O evento contou com a presença dos representantes do SITRAEMG: coordenador geral Célio lzidoro Rosa, assessor parlamentar Alexandre Marques e dos filiados Gerson Appenzeller e Tâmisa Gonçalves, servidora do TRE em Belo Horizonte.
Na ocasião, a presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros, Rita Cortez, questionou o motivo de colocar a luz esse tema se não há esse debate. A justificativa foi para os servidores não serem pegos de surpresa, como aconteceu com a reforma trabalhista, que veio sem debate com a sociedade.
O presidente do TRF2, André Fontes, ressaltou que não podemos ser surpreendidos por atos desconhecidos e defende trazer para a Justiça do Trabalho os direitos previdenciários trabalhistas. “Acredito que não é possível unir a JT com a JF por terem natureza e finalidade distintas. Neste momento, temos que nos preparar com argumentos técnicos e atuar juntos com os deputados que são advogados”, diz.
A desembargadora e vice-presidente do TRT-RJ, Rosana Salim Villela Travesedo, também defende que não é possível fundir as justiças, uma vez que elas possuem objetivos diferentes e devem seguir caminhos que não são semelhantes.
Já o juiz Ronaldo da Silva Callado, presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 1ª Região (Amatra1), ressaltou que o debate é inoportuno, pois o intuito é a extinção da Justiça do Trabalho.
De acordo com o coordenador geral do Sindicato, Célio Izidoro, o tema “Justiça do Trabalho e Justiça Federal juntas?” é relevante. “Existem os donos do poder agentes pensando, constantemente, em como podem aumentar suas margens de lucro e acabar com a influência do estado na vida do povo. O momento é de revogar a reforma trabalhista, pois se assim permanecer a trabalhista perde a razão de ser e não podemos alimentar a ideia de que a Justiça do Trabalho acabar a Federal nos acolhe. O debate prepara todas as nossas resistências com o fim do TRT”, destaca.