A empresa, que entrou com dissídio coletivo no TRT e se negou a apresentar nova proposta nas reuniões de conciliação realizadas em 2012, voltou a dizer não à pauta da categoria na reunião desta terça-feira, 16. Como a audiência no TRT terminou sem acordo, a paralisação dos eletricitários continuará nesta quarta-feira, 17.
Os trabalhadores estão há seis meses sem Acordo Coletivo e cobram da Cemig a melhoria da proposta para a retomada da negociação. Eles reivindicam aumento real de 2%, reposição das perdas pelo INPC (5,99%), retroativa a 1º de novembro de 2012 e reajuste das cláusulas econômicas em 8%, também retroativo. A categoria cobra a garantia de emprego, a substituição dos trabalhadores terceirizados em atividades fim por concursados, a transferência dos eletricitários da Cemig Serviços para a Cemig Distribuição, política de combate ao assédio moral e a manutenção das conquistas.
A Cemig oferece reajuste abaixo do INPC (4,5%), zero de correção para o tíquete alimentação, rebaixar os adicionais pagos sobre as horas extras e a redução da licença maternidade, entre outras propostas que eliminam direitos da categoria.
A direção do Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro) alerta que a Cemig não tem motivos para cortar direitos dos trabalhadores, já que começou o ano anunciando R$ 3 bilhões de lucro para os acionistas.
Mobilização fortalecida
No primeiro dia de paralisação dos eletricitários, dia 16, foram realizados atos públicos em várias cidades. Na Capital, os trabalhadores de localidades vizinhas se concentraram na Praça da Estação e saíram em passeata.
Nesta quarta-feira, 17, o Sindieletro promoverá concentração em diversas portarias. Os trabalhadores da Região Metropolitana de Belo Horizonte participarão de ato, na portaria da Cemig, no Anel Rodoviário. Em outras cidades também haverá concentração e atos públicos em defesa do Acordo Coletivo.
Fonte: Sindieletro/MG