Todo servidor do Judiciário Federal deve entender que o momento é decisivo e aderir às manifestações que vão marcar a luta contra o congelamento salarial no Judiciário Federal e no MPU nos próximos dias. Nesta reta final da campanha antes dos recessos no Legislativo e no Judiciário, a ‘ordem’ do Comando Nacional é aumentar a pressão para forçar o presidente do Supremo Tribunal Federal a cobrar de Lula o compromisso firmado por ele de que após as eleições negociaria com o Judiciário os termos da aprovação do PL 6613/2009, que revisa o plano de cargos e salários dos servidores.
Reunido em Brasília na sexta-feira (3), o Comando Nacional de Greve aprovou manter a paralisação nacional da categoria e convocar os servidores de todos os estados, incluindo os que ainda não estão na greve, a se empenharem ao máximo nos próximos dias para fortalecer a campanha pelo PCS-4. Além das manifestações nos estados, a semana terá uma jornada de atos e atividades em Brasília, com possível protesto em frente ao STF e ao Palácio do Planalto na quinta-feira, dia 9. Em Minas Gerais, a categoria aprovou uma nova paralisação de 24 horas, com ato público, para esta quinta-feira, dia 9.
O reforço nas manifestações ocorre numa semana em que está prevista uma reunião de negociação entre o STF e o Ministério do Planejamento. Segundo informou o juiz auxiliar do presidente de Cezar Peluso, Fernando Matos, representantes do Supremo devem se reunir no início desta semana com o secretário-geral do Planejamento, João Bernardo, para tratar do PL 6613/2009.
Na avaliação do juiz, que se reuniu com dirigentes da federação nacional (Fenajufe) na sexta-feira (3), a expectativa dele é que o Planejamento apresente uma contraproposta do governo com relação ao projeto. Participaram da reunião com Fernando Matos os coordenadores da Fenajufe Antônio Melquíades [Melqui], Saulo Arcangeli, Iracema Pompermayer e Fátima Arantes. Eles criticaram o fato de o STF ter garantido apenas a previsão orçamentária para os magistrados, excluindo os servidores, e voltaram a pressionar para que o ministro Peluso cobre uma solução do presidente Lula.
Por Hélcio Duarte Filho, para o SITRAEMG