Em Minas Gerais, a Marcha da Periferia acontece amanhã, 21/11, com concentração a partir das 15h na Comunidade Willian Rosa, próximo à Ceasa Minas, em Contagem
O Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe está preparando uma agenda de atividades e organiza a terceira edição da Marcha da Periferia pelo país que trará o tema “Pela destruição do racismo: basta de genocídio, violência, criminalização, opressão e exploração”.
As atividades estão previstas para ocorrer no mês da Consciência Negra, em alusão à morte do guerreiro Zumbi dos Palmares, principal representante da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Zumbi liderou o Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos dos engenhos, índios e brancos pobres expulsos das fazendas, chegando a alcançar uma população de aproximadamente trinta mil habitantes.
A Marcha da Periferia começou a ser realizada no ano de 2006, em São Luiz, no Maranhão, pelo Movimento Organizado de Hip Hop Quilombo Urbano, que completa 25 anos de muita luta. O Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe desde 2012 nacionaliza esta marcha em vários estados do Brasil em unidade com setores do movimento social negro, popular, estudantil e sindical.
O objetivo da marcha é levar às ruas a denúncia contra o racismo que mata e divide a classe trabalhadora. É necessário que os trabalhadores, sindicatos, movimentos sociais, estudantil e toda a população se unifiquem e compreendam que a luta contra o racismo deve ser feita também contra o capitalismo, pois, como dizia Malcolm X, não há como destruir um, sem combater o outro.
A terceira Marcha Nacional da Periferia vai denunciar a situação de crescente extermínio da população negra, sobretudo de sua juventude e os ataques aos quilombolas. A banalização do racismo em campanhas midiáticas também será tema, tendo em vista que esse tipo de agressão racista cresceu dentro e fora dos campos de futebol.
Será denunciada a situação do Haiti, cuja revolução negra naquele país completa 200 anos, além dos 10 anos da desastrosa ocupação militar das tropas brasileiras.
A epidemia do ebola na África que volta ao debate internacional, com mais de 4 mil mortes, e a tendência mundial dos governos capitalistas e racistas em formar um cordão sanitário em torno daquele continente.
Além disso, no Brasil, já existe um grande número de africanos na região Sul, em situação análoga à escravidão e sofrendo xenofobia.
Por isso, o Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe conclama a todos a participar das atividades para fortalecer o combate ao racismo.
Minas Gerais
21/11 – Marcha da Periferia – concentração a partir das 15h na comunidade Willian Rosa, próximo à Ceasa Minas, em Contagem.
Com informações o Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe